Empresários comentam sobre a realização de shows internacionais em Salvador
Por Manuela Meneses
Quando se fala em shows internacionais no Brasil, quem mora em Salvador, na Bahia, precisa, na maioria das vezes, se deslocar para o eixo Rio-São Paulo. Detentor de um dos maiores Carnavais do país, a capital baiana costuma ficar para trás quando o assunto é receber artistas internacionais para shows.
Na quarta-feira (21), durante o Finance Day, evento realizado pelo BP Money e pelo BN Hall, no Bistrot Trapiche Adega, empresário Léo Goes, CEO da On Line Entretenimento, comentou, em entrevista ao BN Hall, sobre como o mercado atual tem ado por uma transformação. “A gente tinha muitos grandes eventos constantemente, diminuiu isso e muito, para eventos menores. Eu acho que é uma adaptação de mercado mesmo, a gente vive um problema mais econômico. A gente tem hoje uma escolha melhor do público, que está escolhendo o que ele quer, que está mais assertivo e quer experiências novas”, iniciou.
“A gente ainda não consegue trazer para Salvador muitas experiências por causa dos valores de nossos tickets, que são baixos demais para a gente proporcionar o que o público quer hoje. Mas ao mesmo tempo a gente tem que se adequar ao mercado. Não é simples não, mas a gente vai vendo que agora o mercado está se adaptando”, pontuou.
Com o tema "Por trás das cortinas do show business", o encontro reuniu importantes nomes do setor de entretenimento para debater as nuances do mercado, negócios e investimentos. O empresário Dody Sirena, que possui uma vasta experiência na organização de grandes espetáculos, ponderou sobre o papel geográfico e estratégico da capital baiana.
“Eu tive o privilégio de trazer para Salvador tantos shows, Luciano Pavarotti, Beyoncé, Ray Charles, enfim, tantos nomes. Então a Bahia faz parte desse contexto, não só da geração de tantos artistas maravilhosos do Brasil para o mundo, mas a vinda desses grandes nomes do mundo internacional, ando pela Bahia também, de uma certa forma desperta no público e nos artistas locais, uma responsabilidade de fazer cada vez melhor”, opinou Dody.
Questionado sobre o que falta para Salvador receber mais eventos internacionais, Dody afirmou que esse é um processo que deve acontecer naturalmente. “Claro que tem um posicionamento geográfico. Salvador isoladamente, não seria como nenhuma cidade do Brasil isoladamente a trazer um artista, exceto São Paulo. Mas, aqui, Salvador está na rota de artistas indo para os Estados Unidos, Europa, voltando, tanto que a gente já trouxe tantos artistas para cá, então acho que encontros como esse [Finance Day] é que está de uma certa forma proporcionando esse despertar dos investidores e dos players do mercado”, concluiu Dody.
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