Artistas baianos marcam presença na exposição “Indomináveis Presenças” em São Paulo
Por Redação
A exposição “Indomináveis Presenças”, em cartaz até 7 de abril no CCBB São Paulo, reúne 16 artistas de todo o Brasil e coloca em evidência as perspectivas negras, indígenas e LGBTQIAPN+ nas artes. Com curadoria de Luana Kayodè e Cinthia Guedes, a mostra celebra a diversidade e a força da arte contemporânea, apresentando um olhar disruptivo, inclusivo e transformador sobre identidade e história. Entre os destaques da exposição estão vários artistas baianos, cujas obras dialogam com temas como ancestralidade, resistência e a representação de corpos marginalizados.
A exposição reúne 114 obras de diferentes linguagens, incluindo fotografias, esculturas, pinturas e até criações com inteligência artificial. Dentre os artistas baianos presentes, se destacam nomes como Bernardo Conceição, Bixa Tropical, Edgar Azevedo, Helen Salomão, Juh Almeida, Lucas Cordeiro e Mayara Ferrão, cujos trabalhos trazem visibilidade da arte baiana no cenário contemporâneo.
O artista Bernardo Conceição, conhecido por sua obra que questiona os limites da percepção visual, traz para a exposição obras que propõem uma nova forma de entender a arte e o mundo. Suas criações destacam o corpo negro e a religiosidade afro-brasileira, sempre com uma abordagem sensível e desafiadora. Já Bixa Tropical, com suas obras vibrantes e coloridas, resgata o tropicalismo e desafia normas culturais, oferecendo uma arte que celebra a liberdade corporal e ressignifica a identidade nacional.
Edgar Azevedo também figura entre os representantes baianos, com seu trabalho fotográfico que transita entre o real e o imaginário. Suas imagens capturam a diversidade humana, explorando temas como a construção da representatividade positiva da pele negra. Já Helen Salomão e Juh Almeida trazem suas poéticas visuais carregadas de simbologia e reflexão. Helen, com suas fotografias, lida com temas de ancestralidade, memória e celebração dos corpos negros, enquanto Juh constrói novos imaginários afro-visuais através do cinema e da fotografia.
Lucas Cordeiro, com seu trabalho que explora espiritualidade e ancestralidade, utiliza tanto a escultura quanto a fotografia para construir narrativas visuais de grande impacto. Já Mayara Ferrão, que faz uma investigação sobre o uso de inteligência artificial na arte, mergulha em questões afro-brasileiras, trazendo à tona discussões sobre o futuro da arte e da tecnologia.
Com um forte foco nas questões identitárias e sociais, a mostra oferece uma visão das novas gerações de artistas que, com suas obras, transformam a forma como o Brasil é visto e representado no cenário das artes visuais.
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