Calero ironiza nas redes após Joesley apontar Geddel como ‘mensageiro’ de Temer
Por Jamile Amine
O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, ironizou nas redes sociais, após o empresário Joesley Batista afirmar que Geddel Vieira Lima era “o mensageiro” de Michel Temer. No ano ado, Calero pediu demissão do cargo justamente por não acatar pressões do baiano para que o Iphan liberasse a construção de um prédio no qual possui um apartamento, em Salvador (clique aqui). “Entenderam agora as ‘dificuldades operacionais’ a que Temer se referiu quando reclamou que não atendi ao pleito de Geddel?”, ironizou Calero, através do Twitter. De acordo com entrevista concedida pelo empresário à revista Época, Geddel era responsável por informar ao presidente os pagamentos feitos para silenciar Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro. "Geddel [era o mensageiro]. De 15 em 15 dias era uma agonia terrível. Sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se eu estava cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu", contou Joesley. "Eu informava o presidente por meio do Geddel. E ele sabia que eu estava pagando o Lúcio e o Eduardo. Quando o Geddel caiu, deixei de ter interlocução com o Planalto por um tempo. Até por precaução", acrescentou. "O Temer é o chefe da Orcrim [sigla para organização criminosa] da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique [Alves], [Eliseu] Padilha e Moreira [Franco]. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles", destacou.
Forte crítico, após sair do governo, Calero comentou ainda a queda do terceiro ministro da Cultura da 'era' Temer: