Marcelino Galo destaca democracia interna do PT e anuncia apoio às candidaturas de Ellen Coutinho e Beth Wagner
O líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo, reafirmou nesta semana o compromisso do Partido dos Trabalhadores com a democracia interna e destacou a importância do processo de eleições diretas para a renovação das direções municipais e estaduais da legenda.
“O PT tem uma tradição, é uma característica única: renovar suas direções por eleições diretas. Nenhum outro partido faz isso”, afirmou o parlamentar.
De acordo com Galo, esse processo democrático, realizado a cada três anos, é essencial para o fortalecimento do partido. “Todo militante tem o direito de se candidatar. É o momento de fazer um balanço crítico do período anterior e apontar perspectivas para o futuro”, declarou.
Na ocasião, o deputado também reafirmou seu apoio a duas candidaturas estratégicas no processo de renovação partidária: Elen Coutinho, como candidata à presidência estadual do PT, e Beth Wagner, à presidência municipal em Salvador.
Elen Coutinho, conforme descreve Galo, é uma jovem liderança negra, oriunda do subúrbio ferroviário de Salvador, com forte atuação social e política. “Ela tem uma relação muito forte com a luta política, com a sociedade, é bem formada, forjada nessa luta. Vamos apoiá-la com convicção”, afirmou.
Já para o diretório municipal da capital, o nome apoiado por Galo é Beth Wagner, ex-vereadora e ex-vice-prefeita de Salvador. “Beth conhece como ninguém a cidade. Sua trajetória e vínculo com a capital são fundamentais para o projeto do partido. Temos certeza de que ela é a melhor candidata para liderar o PT em Salvador”, defendeu.
Governo Lula
O parlamentar também comentou os índices de desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontados por pesquisas de opinião. Para o parlamentar, a percepção negativa tende a ser revertida à medida que a população compreender melhor as ações e os resultados da atual gestão.
“O governo vem revertendo isso. É uma questão de entendimento da população, e ela está começando a ver com mais clareza qual tem sido a atuação do governo”, afirmou Galo. Segundo ele, a comunicação sobre as políticas públicas e seus impactos é fundamental para consolidar o apoio popular.
O deputado ressaltou que o governo Lula tem buscado corrigir os retrocessos deixados pela gestão anterior. “Está trabalhando no sentido de corrigir aquele prejuízo todo que foi o governo Bolsonaro para o povo”, disse.
Entre os destaques da atual istração, Galo citou o crescimento econômico aliado à inclusão social. “Nunca se gerou tanto emprego como vem se gerando agora”, afirmou. Para ele, os dados positivos da economia e os investimentos sociais serão determinantes para consolidar a retomada da confiança da população.
“A reversão [da desaprovação] já é um fato concreto”, concluiu o líder petista, sinalizando otimismo em relação ao desempenho futuro do governo nas pesquisas.
Liderança do PT na AL-BA
Para Galo, o partido ocupa hoje posições estratégicas na Assembleia, o que reforça a responsabilidade de sua liderança. "O PT tem espaços estratégicos: ocupa a Comissão de Constituição e Justiça, a Comissão de Orçamento, a liderança do governo, a vice-presidência e possui deputados com capacidade política e experiência para defender o projeto do PT, dar sustentação ao governo e fazer avançar nosso projeto de sociedade", pontuou.
Galo frisou que vê a função de líder como uma posição de grande importância, e que sua condução estará voltada a consolidar a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues no Parlamento baiano. Segundo ele, o diálogo com a sociedade será intensificado: "Vamos trabalhar firme no sentido de garantir a sustentação do governo e aprofundar essa relação com a sociedade, com os movimentos vivos da sociedade."
Diretamente do extremo sul da Bahia, onde acompanha de perto um conflito envolvendo comunidades indígenas, o parlamentar destacou o compromisso do PT com as pautas sociais. "Nossa prioridade é ter uma representação que se articule com a sociedade e com os movimentos sociais, pequenos agricultores, atingidos por barragens, populações tradicionais", disse.