'Qual relação do Atakarejo com o tráfico">
Os colegiados de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Salvador (CMS) e da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) têm acionado protocolos legais para pressionar uma investigação célere dos assassinatos de dois homens negros, acusados de furtar carne em uma loja da rede Atakadão Atakarejo no bairro Amaralina, em Salvador. Bruno Barros, de 29 anos, e Yan Barros, de 19, foram encontrados mortos com sinais de tortura na segunda-feira (26). Família diz que seguranças entregaram a dupla aos traficantes da região.
Para o deputado estadual Jacó (PT), que está à frente do colegiado de Direitos Humanos e Segurança Pública na AL-BA, o caso “é uma afronta ao estado democrático de direito”. Ao Bahia Notícias, ele revela que, por meio da comissão, solicitou à SSP-BA que designe um delegado especial para o caso. Ele questiona ainda o papel institucional da rede de supermercado: “Qual o envolvimento institucional do Atakarejo com o tráfico de drogas">
“Se o gerente ligou para o tráfico, é porque havia algum ponto de autorização do Atakarejo. Teve um fato, e a direção da empresa tomou uma atitude que é covarde. É algo muito estranho, que causa muita revolta. Isso é um caso emblemático. Se fosse de algum boteco, estaria até preso. É o dono de uma rede que se nega a comentar o caso. O Atakarejo faz de conta que não existe. Quem faz a segurança por fora do Atakarejo é o tráfico?”.