Deputados baianos mostram otimismo para aprovação da reforma tributária: "Até sexta teremos os 308 votos"
Por Edu Mota, de Brasília / Anderson Ramos
A base governista da bancada baiana na Câmara dos Deputados está otimista com a aprovação da reforma tributária que tramita na Casa. Ao Bahia Notícias, Ricardo Maia (MDB) avalia que a atuação do governo será decisiva para que o projeto seja votado ainda esta semana.
"Vejo hoje o ministro Fernando Haddad dialogando com governadores e chegando a um entendimento. Temos o relator do projeto mostrando que pode recuar em alguns pontos polêmicos que estão no projeto. Temos também o presidente da Casa, Arthur Lira, que quer votar o projeto. Acredito que até sexta-feira teremos os 308 votos", torce o parlamentar.
Maia também acredita que este é o momento ideal para a aprovação da medida. "Ano que vem fica muito mais difícil. As reformas precisam ar no início do governo, ela não entra no meio. O momento é esse. Hoje, o governo se mostra disposto a dialogar com os governadores e prefeitos', avalia.
Ex-prefeito de Ribeira do Pombal, o emedebista disse entender a preocupação dos gestores municipais, mas ainda assim, avalia que a reforma é necessária.
"Vejo que os municípios vão perder autonomia fiscal, na questão de mudanças nas leis municipais. Outro ponto é que os municípios arão de arrecadadores para recebedores de recursos, então o recurso vai vir para o estado e o estado vai rear para os municípios. No caso do ISS, por exemplo, hoje o contribuinte paga o DAM e o valor cai direito na conta da prefeitura. Com a reforma isso não vai mais acontecer. Mas ao mesmo tempo, acredito que essa fatia de recomposição financeira irá aumentar o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e irá melhorar a questão do ICMS dos estados e os municípios podem ter uma fatia maior dos rees, principalmente aqueles mais pobres", exemplificou.
Valmir Assunção (PT) compartilha da visão do colega de bancada. Para o petista, o clima para a aprovação está favorável, apesar das cobranças e das dificuldades que foram acentuadas nos últimos dias.
"Nós estamos vivendo o momento em que o presidente da República quer aprovar a reforma, que o presidente da Câmara quer aprovar a reforma e o presidente do Senado também quer. As principais forças politicas do Brasil querem aprovar a reforma tributária. Então, diante de tantas lideranças do país querendo a reforma, acho que é possível votar essa semana. Até porque o presidente da Câmara está empenhado neste construção, assim como o ministro Haddad e os líderes partidários. É uma reforma que não é do governo A ou B. A atual reforma tem mais de 30 anos, então é preciso mudar. É preciso cobrar de quem ganha mais e fazer com que os mais pobres não paguem imposto", concluiu.
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