Marcha dos Prefeitos: Cocadinhas e fitas do Senhor do Bonfim fazem sucesso no stand da UPB
Por Edu Mota, de Brasília
Distribuição gratuita de cocadinhas baianas e fitas do Senhor do Bonfim em meio a debates sobre a desoneração da folha de pagamento das prefeituras. Foi com esse "cardápio" de boas vindas que o stand da União dos Municípios da Bahia (UPB) se tornou um dos mais visitados nos dois primeiros dias da 25ª Marcha dos Municípios em Brasília.
Foto do stand da UPB em Brasília cedida por Luís Tajes
O evento reúne mais de 11 mil prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de municípios de todo o Brasil. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a Marcha deste ano bateu todos recordes desde que foi iniciada, e a entidade parou de fazer inscrições por falta de espaço no Centro Internacional de Convenções de Brasília.
O espaço preparado pela UPB para divulgar as atividades da entidade, que tem o formato do Elevador Lacerda, se transformou em um ponto de encontro não apenas de prefeitos e gestores municipais da Bahia, mas de diversos estados do Brasil. Pelos corredores do movimentado Centro de Convenções era possível ver muitas pessoas comendo a famosa cocadinha baiana e ostentando no pulso as coloridas fitinhas do Bonfim.
LEIA TAMBÉM:
- Lula prega "harmonia" e "civilidade" e defende solução rápida para desoneração
- Pacheco diz que desoneração desafoga caixa dos municípios, "onde os brasileiros vivem"
- Lira defende diálogo e respeito para solucionar a desoneração da folha de municípios
No movimentado stand da UPB, os participantes da Marcha tiveram o a publicações que detalham a atuação da entidade nas negociações entre Congresso e governo federal para o acordo que permitirá manter a alíquota previdenciária das prefeituras em 8% até o final do ano.
Segundo o presidente da União dos Municípios da Bahia, prefeito Quinho (PSD), mais de 400 cidades baianas serão beneficiadas com o acordo, e deixarão de pagar mais de R$ 1,3 bilhão por conta da manutenção da alíquota baixa.
A concretização do acordo ainda a por negociações entre os parlamentares e a equipe econômica do governo. A UPB, a CNM e outras entidades municipalistas defendem que na reoneração, a alíquota chegue até o máximo de 14% em 2027. Já o governo quer voltar para o teto do ano ado, de 20%.
O projeto que trata dos novos termos da desoneração foi apresentado na semana ada pelo senador Efraim Morais (União-PB), e está sendo relatado pelo líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA). Ao Bahia Notícias, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) disse acreditar que há maioria no Senado e na Câmara para aprovar a desoneração e estabelecer uma alíquota máxima de 14% para as prefeituras.