Reforma do secretariado de Jerônimo para contemplar Adélia Pinheiro pode movimentar Casa Civil e Saúde; entenda
Por Mauricio Leiro
O pós-eleição deve começar a esquentar os bastidores do governo da Bahia com algumas alterações no secretariado. Debruçado no pleito deste ano, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) já tem se dedicado ao novo arranjo, que deve incluir algumas mudanças em pastas estruturais e da política.
Com a possibilidade de Adélia retornar ao governo, porém não no antigo posto, outras peças podem ser trocadas. Adélia ocupou a Secretaria de Educação até o prazo de descompatibilização para disputar a prefeitura de Ilhéus. Com isso, outro “espaço” ainda precisa ser encontrado para Adélia, já que a atual secretária, Rowenna Brito, possui prestígio na gestão. A informação é que Rowenna, além de ser “querida” pelo governador e pela atividade prestada, também possui ligação com o grupo do senador Jaques Wagner (PT), o que dificultaria ainda mais a volta de Adélia para o posto.
O cenário construído por alguns interlocutores do governo, segundo apuração do Bahia Notícias, indica que a “reforma istrativa” de Jerônimo pode facilitar a volta de Adélia Pinheiro ao governo. Derrotada nas eleições municipais, na disputa pela prefeitura de Ilhéus, Adélia não teria espaço garantido para ocupar sua antiga pasta, a secretaria de Educação, segundo divulgação do BN.
Entre os movimentos estaria uma “dupla alteração”, com mudanças envolvendo a secretaria de Saúde e a Casa Civil. O rascunho, realizado por alguns integrantes do alto escalão do governo, contemplando e oxigenando a gestão, apontaria para “trocas”. Como primeiro o, a secretária de Saúde da Bahia Roberta Santana ganharia um novo protagonismo, assumindo a Casa Civil. Santana teve forte atuação na campanha governista em Feira de Santana, com o deputado federal Zé Neto (PT), participando de forma mais direta com a política.
Com o deslocamento, o atual secretário Afonso Florence poderia retornar para a Câmara dos Deputados ou assumir a secretaria de Planejamento, com a eventual saída de Cláudio Peixoto. O então espaço aberto na Saúde do estado seria liberado para Adélia, que tem forte relação com ex-governador e ministro da Casa Civil Rui Costa, recebendo um reforço no “coro” por sua volta após o resultado eleitoral negativo.
A Seplan, inclusive, seria alvo do Partido Progressistas para a retomada da relação com o governo. O espaço já foi ocupado pelo PP, com o então vice-governador do estado João Leão, exonerado no início de 2022, após o reposicionamento do partido nas eleições daquele ano. Atualmente, a pasta é ocupada por Cláudio Peixoto, que deve deixar o cargo. Peixoto era chefe de gabinete da Seplan, assumindo a pasta com a saída de Leão e permanecendo durante a nova gestão de Jerônimo.