Paulinho Freire vence candidata do PT e com 55% dos votos válidos, se elege novo prefeito de Natal (RN)
Por Edu Mota, de Brasília
Com 100% das urnas apuradas em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) se elegeu o novo prefeito da cidade. Freire derrotou uma das principais apostas da direção nacional do PT para as eleições deste ano, a deputada Natália Bonavides.
Paulinho, que tem como vice-prefeita a ex-secretária de Planejamento de Natal, Joanna Guerra (Republicanos), ganhou a disputa na capital potiguar com 55,34% dos votos. Já a petista Natália Bonavides teve 44,66% dos válidos.
O candidato do União Brasil teve em sua campanha o apoio do atual prefeito Álvaro Dias (Republicanos) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a ir a Natal no lançamento da sua candidatura. Entretanto, durante a campanha, Bolsonaro não mais voltou à cidade e também não foi visto na propaganda eleitoral do candidato do União Brasil.
Já a adversária recebeu forte apoio do presidente Lula, que chegou a ir a Natal no segundo turno. A capital do Rio Grande do Norte foi uma das poucas cidades visitas por Lula durante esta campanha de 2024, e na cidade, o presidente participou de um grande comício para pedir votos à candidata petista. A governadora petista Fátima Bezerra também participou do evento.
Natália e Paulinho trocaram muitas farpas na campanha por votações na Câmara: a petista citou o voto de Paulinho pela redução de impostos sobre armas e contra a prisão preventiva de Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle Franco. Já Paulinho repetiu várias vezes que ela é coautora do projeto de lei em tramitação na Câmara que descriminaliza o furto por necessidade.
Na política há quase 30 anos. Paulinho começou a carreira política como vereador de Natal pelo PMDB em 1993. Depois, foi eleito deputado estadual pelo PSB e assumiu de 2003 a 2006.
á foi prefeito. Paulinho foi vice da ex-prefeita Micarla de Sousa, entre 2008 e 2012, e assumiu a istração pública no último ano da gestão, entre 1º de novembro e 13 de dezembro, quando renunciou ao cargo. Ele havia assumido porque Micarla foi afastada do cargo por ordem judicial.