Luciano Simões avalia impacto das emendas no cenário político baiano e reflete: “Fortalece quem está no poder”
Por Eduarda Pinto
O deputado estadual do União Brasil, Luciano Simões, avaliou que o cenário sociopolítico em decorrência da falta de transparência e aumentos das emendas parlamentares, especialmente vindas do Congresso Nacional, são fruto da fragilidade econômica do país. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (6), o legislador afirma que esse sistema fortalece os chefes do executivo, especialmente nas menores cidades.
“Isso é um fato que aconteceu, não só na Bahia, mas no Brasil inteiro. Porque o fortalecimento da instituição prefeito, Prefeitura? Por conta também da fraca pujança econômica do país. Quando você tem uma economia que não está tão favorável, não está gerando tantos empregos, aberturas de novas empresas, realmente um crescimento de fato que mude a vida das pessoas, as instituições se fortalecem, as instituições das prefeituras, principalmente nos rincões no país, que as prefeituras são as grandes empregadoras, junto com o Bolsa Família”, detalha.
O deputado ressalta ainda que apesar da revisão das emendas ser necessária, elas não são o único problema do político do país. “As emendas parlamentares nunca foram tão grandes na história do país, aquela coisa toda, que foram canalizadas para as prefeituras, claro que isso teve uma participação fundamental nesse processo político, agora, a gente não pode dissociar essa questão da economia do país, que está lenta, devagar e que fortalece quem está no poder”, afirma.
Luciano Simões relembra ainda que os deputados estaduais também possuem emendas que ajudam a equilibrar a movimentação econômica dos municípios. Ele revela ainda que o governador Jerônimo tem “surpreendido” os legisladores com a celeridade e responsabilidade com os pagamentos das emendas estaduais. “Comparado com Rui e Wagner, é uma evolução absurda, porque Rui e Wagner eram brincadeira mesmo. O Jerônimo está longe de pagar tudo, como eu falei, mas realmente houve essa evolução”, completa.