Cacá Leão defende candidatura de Tarcísio na oposição nacional e avalia cenário estadual em 2026: “ACM Neto será candidato”
Por Eduarda Pinto
O secretário municipal de Governo e presidente municipal do PP, Cacá Leão, definiu que o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republianos), deve ser a melhor opção da oposição na eleição nacional de 2026. Em entrevista ao Projeto Prima, nesta segunda-feira (17), Leão detalha ainda que até a disputa, muitos nomes devem surgir para o pleito, no entanto, a posição de Lula e Bolsonaro ainda é decisiva.
“Por tudo que ele construiu, é um cara até de carreira na política, mas eu acho que o governador de São Paulo, Tarcísio (Republicanos), representa… É um cara equilibrado que tem feito um governo revolucionário no estado de São Paulo, ele tem direito de ir à reeleição ainda”, afirmou. “Se eu fosse ele, eu trocaria, pelo bem do Brasil”.
‘E você tem aí ainda outros nomes, como o governador do Goiás, Ronaldo Caiado (União), é um outro nome experimentado na política, aprovado pelo seu estado. Você tem o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, apesar de se colocar como outsider [fora da oposição]. Mas acho que a gente vai ter aí uma gama até 2026”, ressalta.
O progressista comenta ainda sobre os debates em torno das candidaturas de Lula e Bolsonaro, este último estando inelegível, até o momento. “Eu particularmente não acredito [que Bolsonaro seja candidato em 2026] apesar que isso seria inclusive um desejo do PT, mas eu acredito que o STF embarque nessa questão. Não acho que Bolsonaro esteja errado também, em insistir na sua candidatura, até porque se ele se afastar do debate, ele perde o lugar de fala dele”, conclui.
Ao falar do cenário nacional, Cacá relembra a eleição de 2022, em que o principal candidato da oposição na Bahia, Antonio Carlos Magalhães Neto (União) disputou o cargo de governador sem apoiar formalmente nenhum candidato nacional.
“Eu acho inclusive que esse foi um dos erros da eleição de 2022. Neto tinha uma aliança ampla de partidos, partidos que estavam com Lula, partidos que estavam Bolsonaro. O próprio União Brasil tinha a Soraia ali naquele momento, e ele tomou a decisão de discutir a Bahia. É uma decisão lúcida, de quem estava pensando no seu estado, e queno final das contas acabou não dando certo”, disse.
E completa que o cenário de polarização nacional, muito motivado a política identitária, dificultava o debate de ideias: “Foi uma decisão acertada, mas a população não entendeu, tanto que acabou votando em um governador desconhecido, porque estava [vinculado a Lula] e Lula teve uma vitória maciça aqui na Bahia”.
Sobre o pós-eleição da oposição baiana, o aliado de ACM defende que o líder do grupo vem “fazendo seu papel” enquanto opositor do governo eleito. “É da democracia, perdeu. Qual é o papel de quem perde a eleição? Fazer oposição. Quem ganhou não aceita que Neto faça oposição, quando, na verdade, a oposição também é contribuição. Se você tem do seu lado só quem diz o que você quer ouvir, a gente de você errar é maior”, sucinta. “Então, Neto está cumprindo com o seu papel nesses últimos dois anos pós-eleição”, completa.
No que tange aos rumores de que o candidato do União Brasil poderia não disputa a eleição ao Palácio de Ondina, Cacá nega. “Eu posso afirmar que ACM Neto será candidato a governador em 2026, temos conversado muito, temos intensificado diálogos, conversas, agendas, agora, é obvio que quando você perde a eleição, você tem o papel de oposição, de criticar, mas também você precisa deixar quem está na política tocarem a sua vida, ninguém é dono de ninguém. Acho que Neto sempre procurou dar essa liberdade, mas jamais se furtou de receber ninguém”, conclui.
Confira o trecho: