Paulo Câmara é escolhido para grupo de trabalho criado para atuar nos conflitos agrários no Extremo Sul da Bahia
Por Redação
O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) foi indicado pela Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para integrar o grupo de trabalho criado pelo governo do estado com o objetivo de buscar soluções para os conflitos fundiários no Extremo Sul da Bahia. A decisão foi oficializada nesta terça-feira (25), durante audiência pública promovida pelo colegiado, que discutiu os recentes episódios de invasões de terras e ameaças a produtores rurais na região.
O presidente da comissão, deputado Manuel Rocha (União), anunciou a escolha de Paulo Câmara e ressaltou que a indicação partiu do próprio parlamentar. “A sua sugestão para que um membro da comissão integrasse o grupo de trabalho foi acolhida. A FAEB me ligou solicitando essa indicação. A reunião já aconteceu com a presença dos deputados Diego Castro (PL) e Leandro de Jesus (PL). Agora, precisamos apenas oficializar a sua participação”.
Ao aceitar a missão, Paulo Câmara cobrou maior atuação do governo estadual e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). “Reconheço que, desta vez, houve uma resposta mais rápida do governo, com a presença de secretários e do Comando Geral da Polícia Militar na região. Mas ainda precisamos de resolutividade”, pontuou.
Durante a audiência, o parlamentar também questionou a existência de um protocolo que exigiria autorização do governo estadual para o cumprimento de decisões judiciais de reintegração de posse. “Se não houver uma decisão clara do governo, a Secretaria de Segurança fica limitada. Não adianta termos efetivo qualificado se não há prioridade para garantir a segurança no campo”, criticou.
Câmara ainda levantou preocupações sobre a organização de grupos que, segundo ele, possuem interesses políticos e não estariam ligados à produção agrícola ou justiça social. “Sabemos que boa parte dessas invasões são articuladas por grupos com intenções que não têm nada a ver com produção agrícola ou justiça social. E muitos dos que se dizem indígenas, na verdade, não são. Isso limita a atuação das polícias estadual e federal e coloca a população em risco”, declarou.
Além de Paulo Câmara, o grupo de trabalho do governo estadual conta com representantes das secretarias estaduais da Segurança Pública (SSP), Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Desenvolvimento Rural (SDR), Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Meio Ambiente (Sema), Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).