Em meio a divisão na base do PT, Bruno Reis faz afagos a Coronel com vistas para 2026
Por Gabriel Lopes / Victor Hernandes
Após o senador Ângelo Coronel ser rifado na chapa petista para as eleições 2026 durante anúncio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) e do senador Jaques Wagner (PT), o prefeito de Salvador, Bruno Reis comentou sobre uma possível saída de um dos caciques do PSD do grupo governista do estado.
Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (27), o gestor criticou os líderes governistas estaduais e relembrou a saída do ex-deputado João Leão e da deputada Lídice da Mata. Segundo Bruno, os episódios foram semelhantes ao que ocorrem com Coronel.
“A gente ouve os nossos adversários falarem que são democratas, que respeitam os aliados, que tratam os aliados com diálogo, dando espaço, prestígio. Só que na prática o que a gente vê é o contrário. A gente acompanha a utilização da máquina pública, dos recursos, do dinheiro para cooptar adversários, para cooptar prefeitos, e a medida que isso ocorre atraindo neoaliados, e [tirando] os aliados antigos e históricos. Isso aconteceu com a senadora Lídice da Mata que foi sepultada, expulsa da chapa de senadora e tinha o direito de ser candidata à reeleição. Isso aconteceu com o vice-governador João Leão, que soube pela imprensa que não estaria na chapa majoritária de 2022. E, pelo visto, agora está acontecendo o mesmo, infelizmente com o senador Ângelo Coronel, que foi tão importante para o projeto como presidente da Assembleia. Ele liderou a aprovação de matérias importantes para que eles pudessem estar no poder.
O prefeito fez afagos ao senador do PSD e “abriu as portas” para a chegada de Coronel ao grupo da oposição no estado.
“Eles estão preocupados já com a chapa de 2026. E literalmente estão dando um chute na bunda do PSD. Caso o senador Ângelo Coronel e outros entendam que podem seguir um projeto diferente, nós estamos aqui abertos ao diálogo para construir alianças que possam permitir a gente mudar a Bahia. Quero dizer que essa prática deles é a mesma das eleições anteriores. Então em 2022 descartaram o PP, em 2018 tiraram Lídice da chapa uma hora essa estratégia deu errado. Tenho muita convicção que essa mesma estratégia que vem há 20 anos na Bahia, em 2026, o desfecho final será outro”, afirmou.