Presidente do Sinpojud nega participação em invasão do plenário da AL-BA e afirma: “Vamos aprovar na negociação”
Por Leonardo Almeida / Eduarda Pinto
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Manuel Suzart, negou a participação do grupo na invasão ao plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta terça-feira (27), e garantiu que a negociação em torno da aprovação do projeto que reestrutura do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) deve continuar.
“Eu não sou a pessoa ideal para falar, porque não invadi e o pessoal afiliado da minha entidade não invadiu. Eu acho que essa pergunta [sobre a invasão] não é para ser respondida por mim. Nós temos cerca de 7 mil servidores filiados em toda a Bahia. E eu sempre digo para os servidores filiados para a gente ter o respeito, respeitar os poderes. Nós vamos ter aprovado esse plano de cargas, carreiras e vencimentos, mas dentro de uma negociação”, destaca o sindicalista, em entrevista.
Além do Sinpojud, o Sintaj também representa os servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Segundo o líder de um dos principais sindicatos da categoria, ele compreende as alterações que ainda serão feitas no projeto, mas afirma que elas devem ser debatidos com os servidores.
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“A gente fez de tudo para não chegar à greve. Tivemos uma sequência lógica, diálogo, mobilização, paralisação e chegamos à greve. Mas nós sabemos que está tendo mesa de negociação do Tribunal de Justiça com o Governo do Estado, alguns ajustes serão feitos no plano de cargas e carreiras, mas precisa informar esses ajustes para a gente debater com a categoria”, ressalta.
Manuel afirmou, por fim, que uma nova assembleia-geral dos servidores do judiciário será realizada no dia 30 de maio, sexta-feira. Os pleitos da categoria é a correção da defasagem salarial, que segundo eles, já dura oito anos e a votação do PCCV.
“Então, a gente está querendo o que é de direito, as reposições inflacionárias dos oito anos. Então é justa essa luta, é justa. A gente já está informando também a toda a sociedade baiana para saber qual é o motivo dessa nossa greve por tempo indeterminado”, conclui.