Conexão Baía: “Ventania Colorida” - o crescimento dos esportes náuticos na BTS

Não sei se vocês já perceberam, mas a Baía de Todos-os-Santos anda mais colorida nos últimos finais de semana. Se é a proximidade do verão ou o meu olhar “tendencioso”, não importa muito. Mas se você prestar atenção, vai notar mais pipas e velas coloridas misturadas ao nossos tons de azul. Isso significa um número maior de velejadores pela BTS, só que eu não estou falando só de veleiros. 

Esportes como Kitesurf, Windsurf e Wingfoil vem crescendo muito por aqui e, falando em cultura náutica, turismo e economia do mar, esta é uma feliz constatação. Vale dizer que estas modalidades são naturalmente sustentáveis, uma vez que a força do evento é principal fonte de energia e condição natural, e costumam movimentar números significativos em regiões que reconheceram sua relevância. Como exemplo clássico, o Ceará - considerado a “Meca do Kitesurf Mundial” - só no último ano, recebeu cerca de 400 mil turistas interessados em esportes e aventuras. Desse total, 60% apontaram o kitesurfe como principal motivação. Alguns veículos de comunicação chegam a relatar investimentos superiores a 500 milhões de reais, de um único grupo hoteleiro. Além disso, de acordo com dados da Secretaria de Turismo, cada turista deixa, média, 3,5 mil reais no Estado. Faça as contas aí. 

Um dado curioso é que, segundo alguns especialistas, no verão, os ventos que sopram em determinadas áreas da  Baía de Todos-os-Santos, são muito mais proveitosos para estas práticas do que os valorizados ventos cearenses. Eu cheguei a duvidar desta informação, mas em entrevista ao programa Guia BTS na rádio CBN Salvador, o experiente professor Maurício, conhecido como “Pequeno do Kite”, nos falou que o chamado vento térmico, que atinge velocidade aproximada de 14 a 15 nós, é melhor e mais seguro para velejar do que a maioria dos ventos que incidem em Fortaleza, por exemplo, que podem ultraar 30 nós. Ou seja: nas devidas circunstâncias, eu me permito chegar a conclusão de que a BTS é melhor para velejar do que o próprio Ceará. Não é bairrismo, são apenas dados técnicos. 

eando ali pela Ribeira e pelo Bonfim, encontramos estabelecimentos e guardarias especializadas, como a  Guarderia Beira Mar (@guarderiabeiramar), onde você pode aprender estes esportes, alugar equipamentos e guardar pranchas, velas e afins; além de contar com estrutura para a guarda de objetos pessoais, hidratação, chuveiros, vestiários, etc. Estou cintando a Beira Mar, porque já tive oportunidade de conhecer, mas existem várias iniciativas que estão fomentando este mercado e merecem nosso apoio.

Para quem gosta de viver novas experiências e aventuras como eu, recomendo uma aula de WindSurf, que conta com barco de apoio do professor (que navega ao lado) e comunicação via microfone e fone sem fio, à prova d’água, o que deixa a experiência muito mais didática e segura. Embora você possa duvidar, é possível começar a velejar na primeira aula.

Fica na coluna de hoje a minha satisfação, como esportista e entusiasta da Baía de Todos-os-Sanrtos, de a ascendência deste movimento. Por mais pipas e velas coloridas no mar, com muito mais gente feliz e movimentando a nossa economia. 

Um beijo, até a próxima coluna e para saber mais sobre a Baía de Todos-os-Santos, e guiabts.com.br