Vereador Kiki Bispo aponta “estranheza” com resultado do União nas urnas e elenca pautas previstas para 2025
O vereador reeleito de Salvador pelo União Brasil, Kiki Bispo, comentou sobre o resultado das eleições municipais para o partido, que conquistou sete cadeiras, ou a maioria na Casa. Considerando a meta prevista na campanha, de eleger mais de oito vereadores na Câmara, o líder da bancada governista conta que o resultado abaixo do esperado causou “estranheza”.
“Entenda que causou uma certa estranheza e justifico o porquê. Toda eleição a gente acaba fazendo um avanço prognóstico com base na eleição ada e com base também, nos então filiados e nos novos filiados, os novos candidatos e os que já estavam. E a nossa expectativa, era um número extremamente objetivo, que nós chegássemos a oito vereadores e isso não ocorreu pelo voto de legenda”, disse.
O voto de legenda é importante para os partidos pois, nas urnas, o eleitor pode optar por votar nominalmente no candidato de sua preferência, utilizando o número completo do candidato, ou poderá optar pelo voto de legenda, no qual poderá votar utilizando apenas o número do partido.
“Fazendo um comparativo, o prefeito Bruno Reis, em 2020 teve 67% dos votos válidos e tivemos 44 mil votos de legenda, e agora, claramente nós estávamos com expectativa que Bruno Reis pudesse ser reeleito com uma ampla margem, como ocorreu, 87% [dos votos] e no entanto, esse número de legenda caiu de 44 mil para 25 mil. Então, acredito que esse novo fator que ocorreu acabou contribuindo para que o União Brasil não fizesse a oitava cadeira, mas estamos realizados, é a maior bancada da Câmara”, detalha Kiki Bispo.
Ao falar sobre a organização para 2025, o líder do governo avaliou ainda os temas deixados para a discussão no próximo mandato. Entre as medidas a serem votadas no plenário estão um possível aumento da tarifa do transporte público, a retirada da função do cobrador no sistema de transporte da capital e a revisão do PDDU.
Considerando o impacto social das pautas, Bispo afirma que “Estamos respeitando o tempo. A gente espera que, com a nova composição da Câmara, a gente de fato possa receber os novos vereadores eleitos, e a partir daí, com a nova mesa eleita, com a nova Câmara composta, a gente vai começar a se debruçar nesses temas”.
“É claro que Salvador é uma cidade muito pobre, você acabar tirando os cobradores é um tema muito polêmico, mas com certeza a Câmara vai ter sempre a maturidade de discutir e dialogar com qualquer núcleo da sociedade civil organizada, em qualquer aspecto, sobretudo os mais complexos”.
O vereador define ainda que o prazo para a organização das pautas e do calendário anual deve ser o Carnaval, no final de fevereiro. “Acredito também que o ano que vem será o ano que nós vamos tratar o PDDU [Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano], essa também é uma grande expectativa, mas claro que depois do Carnaval nós vamos estar já com as pautas encaminhadas”, detalha.
Confira a entrevista na íntegra: