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Ídolo do Vitória, Kanu apresenta planos para a aposentadoria

Por Carlos Matos

Kanu durante o evento "Baba Beneficente do K25"
Foto: Carlos Matos / Bahia Nóticias

Antônio Eduardo Pereira dos Santos, baiano, de 40 anos, da altura de 1,88m. Falando assim, pode parecer a descrição básica de um homem da capital da Bahia, mas o prenúncio é sobre um velho conhecido do fã de futebol. Mais conhecido como Kanu, o zagueiro que brilhou no gramado do Barradão, casa do Vitória, já trouxe emoções tanto para o torcedor Rubro-Negro quanto para o Tricolor.

 

Agora aposentado, o ex-atleta vai aproveitar mais a sua família, especialmente seu filho de dois anos. Ele menciona que, durante a carreira, não pôde aproveitar as datas comemorativas e que agora terá a oportunidade de fazer isso.

 

“Eu já tinha programado chegar aos 40 anos e me aposentar. Eu já tinha me preparado para este momento difícil para nós que jogamos a vida toda. Eu já estava um pouco cansado e quero aproveitar mais meu filho que tem dois anos e minha família. Antes eu não podia aproveitar as datas comemorativas e hoje vou poder fazer tudo isso que em algum momento deixei para trás”, comentou.

 

Apesar de ter feito história pelo Vitória, encerrar de forma brilhante no Jacuipense e quase ter vestido a camisa do Bahia, como foi revelado anteriormente por Kanu no podcast BN na Bola, o jogador não despontou no futebol enquanto estava na capital baiana. Tudo mudou para o zagueiro quando desembarcou no Rio de Janeiro e foi tentar a sorte na Cabofriense.

 

“Foi uma trajetória difícil, porque sou de uma família humilde. Sempre tive o sonho de me tornar jogador de futebol, mas devido às dificuldades, quase parei de jogar. Mas Deus me deu força e resiliência para dar a volta por cima. Foi difícil, joguei por três anos no Espírito Santo, depois tive a oportunidade na Cabofriense, joguei por um tempo lá, me transferi para o ABC de Natal. Em seguida fui para São Paulo, jogar pelo Ituano, e as coisas começaram a mudar. Fiz alguns jogos e em um desses, um clube português estava assistindo e logo depois fui negociado para o Beira-Mar, de Portugal. Lá eu fiz três temporadas e meia, sendo um dos melhores zagueiros da segunda liga nacional, artilheiro do time, campeão da liga, fazendo o gol do título e o”, contou Kanu.

 

O Beira-Mar foi o primeiro o no solo europeu para o zagueiro, mas ele não parou por aí. Atraindo olhares de Portugal e de outros países do continente, ele assinou com o Standard Liège, da Bélgica, onde ou três anos, conquistando a copa nacional logo na primeira temporada. 

 

“Tive essas conquistas em Portugal e em seguida fui para o Standard Liège, foi aí que tudo começou a caminhar e percebi que dava para dar certo. Conquistei a taça da Bélgica, joguei Champions League e Liga Europa. Ali fui muito feliz, fui campeão, a torcida me ama e sou ídolo lá. Depois de três temporadas e meia, saí da Bélgica após algumas confusões e fui para o Vitória de Guimarães (Portugal)”, explicou o ex-zagueiro.

 

Kanu em ação pelo Standard Liège, da Bélgica | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Em 2014, Antônio chegou ao Vitória de Guimarães e teve pouco espaço. Destino esse que levou o defensor ao “xará” do Brasil, o Vitória. Assinando um contrato de empréstimo, Kanu chegou ao Rubro-Negro Baiano em 2015 e rapidamente caiu nas graças do torcedor do Leão. Em uma temporada de 16 jogos e quatro gols, o xerife marcou época naquele ano, mas no meio de 2015, voltou ao time português, que o emprestou ara o Leuven, da Bélgica, equipe que o atleta assumiu não ter se adaptado.

 

Razão principal para o retorno do jogador ao Brasil. O maior problema foi a dificuldade de adaptação, especialmente em relação ao clima. Ele mencionou que não estava se sentindo bem e que a temperatura e a atmosfera eram muito diferentes do que estava acostumado. Essa insatisfação o levou ao Vitória, apesar de ter recebido uma proposta melhor do Bahia.

 

“Fui um dos pilares para o o do Vitória em 2015, tive uma identificação incrível pela torcida, eles gostam de mim. Fui para o Leuven, da Bélgica, e não me adaptei bem. Estava acostumado a disputar a competição, mas não estava vendo progressão. Eu não estava bem e nem adaptado. Principalmente por conta do clima, porque eu já tinha voltado para o Brasil e a temperatura era uma, enquanto na Europa era outra. Eu decidi voltar ao Brasil e recebi a proposta do Bahia, com valores bem maiores do que eu iria receber no Vitória. Quando eu estava bem próximo de embarcar, meu empresário me ligou dizendo que o Vitória fez proposta e queria que eu retornasse ao clube. Eu pensei na identificação que eu tinha com a equipe e com a torcida, e mesmo com valores menores em relação ao rival, não me arrependi de voltar ao Rubro-Negro porque fiz história e sou reconhecido nacional e mundialmente pelo Vitória e era um sonho também”, declarou Kanu.

 

Em sua segunda agem pelo Leão, o zagueiro colecionou 105 jogos, 12 gols e a taça do Campeonato Baiano de 2017, encerrando sua história jogando pelo Vitória. 

 

Kanu ao lado de Vagner Mancini, técnico do Vitória, recebendo a camisa em homenagem aos seus 100 jogos pelo Rubro-Negro | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Em 2020, Kanu ingressou no Jacuipense, onde ou a maior parte da carreira e que talvez seja o início de um novo futuro para o ex-zagueiro. Depois de 63 jogos e quatro gols pelo Leão do Sisal, o defensor decidiu encerrar a carreira como atleta e hoje estuda trabalhar na gestão dentro do futebol.

 

Kanu está atualmente fazendo um curso de gestão executiva e outro curso da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de gerente de futebol. Ele demonstrou uma forte paixão pelo futebol, descrevendo-o como um "vício". O ex-zagueiro mencionou que está motivado para continuar no futebol, só que agora em uma nova função de gestão. Kanu acredita ter um "dom" para isso e destaca a experiência como líder e capitão nos clubes em que jogou.

 

“Estou estudando. Acabei um curso de gestão executiva e agora estou fazendo um curso da CBF de gerente de futebol. amos a vida toda convivendo com o esporte e sabemos que o futebol é como se fosse um vício, uma droga. Não poderia ser diferente, vou continuar no futebol, no meio, com algo que eu gosto. Vou sair como atleta e entrar como membro da gestão. Estou muito motivado, acredito que tenho capacidade para isso, porque em todos os clubes que ei tive liderança, fui capitão, tive voz ativa e uma experiência muito boa. Creio que tenho muito a oferecer ao futebol do lado de fora”, destacou o profissional.

 

Kanu não pode dar tantos detalhes sobre o futuro na gestão no momento porque está em processo de negociação e adaptação. Ele menciona que, se falar agora, todos ficarão sabendo, e acredita que isso pode trazer azar. Ele também está se preparando e finalizando um curso. 

 

“Eu estava acertado com o Jacuipense, mas no decorrer acabou não andando para frente, porque em paralelo, acontecem outras coisas. Pode ser que futuramente eu trabalhe no clube, mas não devo confirmar agora, pois costumo dizer que quando falamos antes, dá azar. Mas estou me encaminhando, pode ser no Jacuipense? Pode, mas estou me preparando. Quero finalizar o curso para estar pronto para as oportunidades que vão surgir”, explicou.

 

O ex-jogador considerou que o gostoso da profissão era a convivência no dia a dia, que inclui treinos, viagens e as resenhas que fazem parte dessa trajetória. Ele destacou também a importância das amizades que se formam ao longo do caminho, mencionando que sente saudade especialmente dos treinos.

 

O sentimento dele é de gratidão e de dever cumprido, já que sente que realizou tudo o que poderia na carreira, incluindo jogar campeonatos fora do Brasil e participar de mais de mil jogos.

 

“É muita saudade, porque são 20 anos vivendo isso. Acredito que agora minha maior saudade vai ser a convivência no dia a dia, com treinos, amizades, resenhas e viagens durante a trajetória. É muito gostoso conviver nesta profissão. Falando sobre minha carreira, fui campeão no Brasil e lá fora, fiz mais de mil jogos na carreira, joguei com grandes jogadores, conheci vários países e idiomas, então faria tudo novamente. Sou realizado e grato a Deus por minha carreira, foi fantástico”, relatou o ex-atleta.

 

Para matar esta saudade, Kanu é o idealizador do “Baba Beneficente do K25”, um jogo festivo no final do ano que reúne jogadores, ex-atletas, amigos do zagueiro e figuras públicas de Salvador. No geral, quem participa do evento, jogando ou assistindo, leva 1kg de alimento não perecível para ser doado a comunidade. A partida deste ano foi realizada na Arena Curralinho, na Boca do Rio, no último domingo (8), às 8h30.

 

Card oficial do "Baba Beneficente do K25" de 2024 | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Na confraternização, estiveram presentes ex-atletas como Uéslei Pitbull, ex-atacante da dupla BaVi e Paulo Isidoro, ex-jogador do Vitória. Kanu agradeceu pela presença dos amigos.

 

“Tenho que agradecer a Deus pelas pessoas que tiraram seu tempo para vir ao evento beneficente. Todos os patrocinadores, todos os meus amigos, sou muito grato a Deus por tudo. Foi uma manhã linda e muito feliz. Deus me proporcionou a oportunidade de realizar mais uma vez este evento que já acontece desde 2014. Ele (Deus) sempre vem me fortalecendo para a cada ano fazer (o jogo festivo) melhor”, disse o ex-atleta.