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Opinião: Deputados aproveitam atenções difusas para ar a boiada de 18 novas vagas

Por Fernando Duarte

Opinião: Deputados aproveitam atenções difusas para ar a boiada de 18 novas vagas
Foto: Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados

O país ainda assiste ligeiramente perplexo ao escândalo de desvios de bilhões do INSS com o uso de associações para descontos não autorizados nas aposentadorias dos brasileiros. O governo federal sinalizou que recursos públicos podem ser utilizados para ressarcir os milhões de aposentados e pensionistas atingidos pela fraude. E, enquanto isso, a Câmara dos Deputados resolveu ampliar o número de vagas, ao invés de redistribuir as cadeiras, como previsto originalmente pela Constituição.

 

A partir do último censo, era esperado que alguns estados perdessem cadeiras e outros fossem agraciados por essas vagas. É o que previa a legislação, até que os deputados, em defesa dos próprios interesses, resolveram ampliar para 531 o número de parlamentares que compõem a Casa. Se existem dúvidas sobre qual categoria pode ser mais corporativista — e olha que o Judiciário sempre foi mestre nisso —, não dá para ter mais: o Legislativo prefere olhar para o próprio umbigo e esquecer que o Brasil tem problemas muito mais urgentes e graves do que permitir o aumento do ônus de ter um dos parlamentos mais caros do mundo.

 

Não achemos que vai haver um rearranjo do orçamento da Câmara para lidar com esses 18 novos deputados (que, possivelmente, seguirão ao padrão característico do parlamento, como homens, brancos e representantes de maiorias sociais). O custo desses parlamentares e dos penduricalhos atrelados será inteiramente pago com o dinheiro público, sem o menor constrangimento. Isso, sem considerar as emendas milionárias que tais deputados vão “ganhar” no orçamento da União, para manter o desequilíbrio entre as castas — o uso da expressão foi proposital, dado que a casta “políticos” se considera acima do bem e do mal.

 

Claro que aparecem alguns poucos paladinos da moralidade que se dizem contrários ao projeto. É conversa para boi dormir. Na Câmara dos Deputados, no Senado, nas Assembleias Legislativas e nas câmaras de vereadores, até os insurgentes que criticam ampliação de cadeiras são um desfile de hipócritas. Votam contra — ou se abstém —, jogam para a plateia que são pessoas sérias e comprometidas com o erário quando, na verdade, sabem que tais projetos vingarão, mesmo com o voto contrário. Ou seja, são todos — sem exceção — farinha do mesmo saco, para usar uma expressão bem típica localmente.

 

 A regra é clara: esperar a porteira abrir para ar a boiada. Com tantas atenções difusas, como o escândalo do INSS, a viagem de Luiz Inácio Lula da Silva para a Rússia e até mesmo a escolha de um novo papa, a Câmara dos Deputados a uma caravana de novas despesas para o povo brasileiro. E é importante frisar que não adianta criar expectativas de que o Senado ou até Lula podem barrar o projeto. A casta política tem alergia a contrariar os próprios interesses.