Pablo fala sobre arrocha e conta que dispensa rótulos de Rei: ‘Sou um cantor romântico’
Não. De forma alguma. O Israel é um menino muito bacana. Já cantamos juntos, e foi o que eu disse, o arrocha adaptado pelos sertanejos, é o arrocha com as batidas mais dançantes. Algo bem balada. O que eu faço é a música romântica, o arrocha feito pelo Pablo é o arrocha mais sensual, pra dançar junto. Ou pra quem está sofrendo por amor, aquela dor de cotovelo.
Prefere ser o Rei do Arrocha, ou o Rei da Sofrência?
(risos) Esses títulos foram dados pelo povo. Não gosto de rótulos. Eu prefiro ser o Pablo. O cantor romântico.
Aliás, como começou essa história de “sofrência”? Quando você decidiu adotar para si?
Na verdade, foi algo muito espontâneo. Fui fazer um show em Ilhéus, e tinha um grupo de amigos com um cartaz: “Pablo o Rei da Sofrência”, achei engraçado e quando terminou o show falei com o pessoal: “Sofrência”, esse termo existe? (risos) Achei muito divertido. O povo é criativo demais.
Quando você começou a fazer sucesso nacionalmente, foi uma mudança brusca em sua carreira?
Foi o reconhecimento de um trabalho bem feito que já duram quase 16 anos. A agenda de shows, graças a Deus, sempre foi cheia. Sempre trabalhamos muito. A consagração na carreira veio para me levar em estados e regiões que eu ainda não tinha ido. Me levar a pessoas que ainda não tinham ouvido falar no Pablo, mas que a partir de então, aram a ouvir, ir em shows, irar.
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Eu buscava alcançar o sucesso. Claro! Todo artista deseja. Mas, eu sou muito tranquilo. Creio que fizemos o certo. Um o de cada vez, esperando as respostas de Deus. Eu tinha certeza que a hora do Pablo ia chegar.
O Asas Livres, banda na qual você teve seu primeiro grande sucesso, está completando 30 anos. Que recordações você guarda dos momentos na banda?
São muitos bons momentos que vivi na banda. Foi uma abertura incrível pra mim na música, alcancei coisas incríveis. Pude dar a primeira casa para minha mãe morar. E através da banda, onde comecei, pude começar a escrever minha história. Sou grato.
Você assistiu a uma “versão feminina” da música Homem Não Chora, que surgiu na internet? (http://goo.gl/YhmOgy) O que acha dessa nova versão? A música pode, realmente, ser considerada machista, como apontado por algumas mulheres?
Porque Homem não Chora, é uma música que fala que o homem não chora. Mas, todos nós homens, sabemos que o homem chora, sim. E é algo que crescemos ouvindo: Homem não chora.
Por falar nessa música... Depois de sua participação no Programa do Jô, conversamos com o Roni dos Teclados e ele disse que não acredita que você tenha esquecido o nome dele na entrevista, que teria sido uma escolha sua mesmo. Porque você acredita que ele pensa dessa forma?
Quem me conhece, sabe que eu agi muito naturalmente. Imagina estar ali na frente do Jô? Eu estava muito nervoso naquele momento. E eu não tenho motivos para não dizer o nome dele. Uma música que rendeu tanto para mim, quanto para ele, uma visibilidade incrível. Sei que a música é do Roni. Tenho uma iração enorme por ele. Apenas no momento, por conta do nervosismo, a ansiedade ali, eu me ei. Só isso...
Hoje, que conselho você daria pra quem se espelha em você e na sua carreira pra começar no arrocha e seguir carreira?