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Agora que o Carnaval acabou, onde encontrar o Axé em Salvador? Movimento some da agenda de shows na capital após a folia

Por Bianca Andrade

Agora que o Carnaval acabou, onde encontrar o Axé em Salvador? Movimento some da agenda de shows na capital após a folia
Foto: Alfredo Filho/ Secom

O Axé Music é sazonal? A poeira da Quarta-Feira de Cinzas já foi varrida dos circuitos do Carnaval e agora só resta no folião a saudade de tudo o que foi vivido nos 6 dias oficiais de festa em Salvador.

 

Mas, e depois que o Carnaval vira lembrança, onde é que se escuta o Axé Music na capital baiana? Entre os 24 artistas analisados pelo Bahia Notícias no início do ano, de acordo com os dados fornecidos pelo YouTube Charts, o movimento é sim sazonal e faz a festa em fevereiro, época em que costuma acontecer o Carnaval.

 

A análise, feita no período de 12 de janeiro de 2024 a 12 de janeiro de 2025, ainda indicou que Salvador é a segunda cidade que mais ouve os artistas do movimento, colocando São Paulo como líder da lista. E a cidade no Sudeste do país costuma receber mais apresentações dos grandes nomes da música baiana do que a capital.

 

O único artista que foge à regra de ser mais ouvido durante o Carnaval é Carlinhos Brown, e muito pela associação do Cacique à MPB através dos Tribalistas, por exemplo.

 

É um fato: depois que a folia a, Salvador entra na lista de cidades que só voltaram a ser visitadas pelos artistas do Axé Music no próximo verão. Pelo menos com seus grandes shows. 

 

“É natural que a música baiana seja mais procurada nesse período. É muito alegre, muito a cara de festa. Quando chega o verão, é natural que o consumo cresça. Aí, é igual o consumo de cerveja. É natural. Aí não tem nem o que discutir sobre isso. É natural que os cachês melhorem, que o número de show dobre, porque, quando chega o verão as pessoas ficam irresponsáveis, gastam o décimo terceiro na cerveja, na viagem, na praia, rebolando com a roupa branca que não tinha dinheiro para comprar, mas é isso”, afirma o músico e estudioso Jonga Cunha.

 

Foto: Célia Santos

 

A expectativa, no entanto, era que em 2025 o cenário fosse diferente, já que o movimento Axé Music completa 4 décadas. Após um Carnaval morno de homenagens a um dos responsáveis pela identidade do Carnaval de Salvador, a esperança era de eventos pontuais que celebrassem o marco e mostrassem que o Axé sobrevive para além de fevereiro.

 

O sentimento de continuidade da festa era ainda maior após a Câmara dos Deputados aprovar o projeto de Lei 4187/24, de autoria da deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que institui a data de 17 de fevereiro como Dia Nacional da Axé Music. Mas, aparentemente, tudo foi em vão.

 

Para se ter uma ideia do quanto Salvador não entra na rota de apresentações, os artistas tidos pela mídia como os grandes nomes do Carnaval quase não anunciam apresentações na cidade.

 

Em 2024, sem contar o Festival de Verão e o Festival Virada Salvador, eventos que acontecem no início e no final do ano, Ivete Sangalo não se apresentou em nenhum outro momento na capital baiana além do Carnaval. Bell Marques contabilizou três shows na capital: Festival de Verão, Festival Virada Salvador e o São João da Bahia.

 

Foto: Divulgação

 

Claudia Leitte só consegue ser exceção por ter apresentado ao público o novo show no Candyall Guetho Square, 'Soul D'Rua', que aconteceu no final do ano. Porém, mesmo com a novidade, a artista continuou pontuando 2 apresentações e duas participações especiais em outros shows de artistas locais.

 

Em contrapartida, o pagode, ritmo inserido no movimento Axé, continua em alta mesmo após o Carnaval e com renovações no estilo musical. Em 2024, por exemplo, a Bahia contou com duas novidades: o Bloquinho, que fez sucesso com Rick Ralley na época do Black Stylle, e o naipe com Cirilo Teclas.

 

“A nova geração está sempre criando, então a gente está sempre buscando coisas novas”, contou Cirilo em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Foto: Mateus Ross

 

A agenda do pagode em Salvador acontece semanalmente na capital baiana, com atrações de menor porte, porém, sempre com algum show. Outro ritmo que domina Salvador após o Carnaval é o samba, que vem em uma crescente na cidade nos últimos 5 anos.

 

"Eu acho que o samba agora, com as redes sociais, está vivendo um momento diferente. Porque o samba sempre esteve presente da mesma forma de segunda a segunda em Salvador, porém agora, com as redes sociais, ele está tendo uma visibilidade que ele não tinha antes. Acho que a grande dificuldade hoje em Salvador é o capital. Você ter pessoas que abracem os eventos de samba da forma como eles merecem", afirma Samora Lopes, idealizador do Banjo Novo.

 

Foto: @ihr.pics/ @erifotografo

 

A prova da crescente do samba é o interesse de artistas do próprio axé investindo no estilo, como Léo Santana, que lançou o Paggodin, além de Ivete Sangalo, que em 2024 registrou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) a marca ‘Ivete Samba’.

 

Nas principais plataformas de venda de ingressos em Salvador, o samba domina o ritmo dos shows que agitam a capital após o Carnaval, com eventos do grupo Botequim e labels já conhecidas como Samba de Quinta, Banjo Novo, Fragmentos do Samba, E aí Deu Samba, Quintal du Samba e Suco de Bahia.

 

No levantamento feito pelo Bahia Notícias nas plataformas Sympla, Partik, Ticket Maker, Bora Tickets e Ingresse, além do samba, o pop é o outro estilo com mais eventos na capital.

 

Entre as bandas de Axé com participação mais ativa em Salvador após o Carnaval estão Filhos de Jorge, Cheiro de Amor, Mudei de Nome, Timbalada, Jau, Luiz Caldas, Os Autorais, Alexandre Peixe e Jammil.

 

Foto: @ihr.pics

 

Se a questão é falta de público na cidade do Axé, a resposta de quem paga o ingresso para curtir a festa é o alto valor do ticket. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias em 2024, o empresário Marcelo Brito, da Salvador Produções, responsável por grandes eventos na capital baiana e pela gestão da carreira do cantor Léo Santana, indicou que a dificuldade de fazer eventos não é algo à capital baiana e que é necessário considerar o poder aquisitivo do público ao planejar um evento.

 

Desta forma, a preferência do público é de pagar em um evento de artista que não costuma estar em Salvador o tempo inteiro.

 

Já o empresário Rodrigo Melo, da Pequena Notável, afirmou, na mesma entrevista ao Bahia Notícias, que após a pandemia foi necessário uma readequação da empresa ao mercado e um estudo melhor dos nichos que eles atendem. "A Pequena Notável trabalha com nicho de público, então a gente adequa as nossas atrações a esse público".

 

Foto: Mateus Ross

 

Para Melo, a queixa do público em relação aos valores do ingresso é justa e natural. "Todos reclamam de preço, é natural, independente de nicho".

 

A pergunta que fica, então, é: quando terão coragem de investir no Axé em Salvador após o Carnaval? E a esperança é uma resposta breve e positiva para os “órfãos” da folia depois que as cinzas da quarta-feira são sopradas pela cidade.