Sósthenes Macedo revela que fiscalização na Igreja de São Francisco em 2023 não indicava “risco presumível” de acidente
Por Leonardo Almeida / Eduarda Pinto
O superintendente da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sósthenes Macedo, afirmou que a última vistoria realizada na Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, ocorreu em 2023. Em entrevista durante a interdição do prédio, em que parte do teto desabou na tarde desta quarta-feira (5), o gestor da Codesal afirma que na ocasião, hão havia riscos eminentes na estrutura da igreja.
“É uma área que acompanhamos constantemente, a área do Pelourinho. Nós temos aqui o projeto Casarões, o plano de contingência do Centro Histórico, a gente faz esse acompanhamento sempre, e dessa forma, era uma área que a gente já tinha também feito observações que não identificavam nenhum risco presumível”, afirma. “Estivemos aqui em 2023. Então, meados de 2023, quando houve episódio do pináculo aqui, que a gente fez a retirada do pináculo com a Desal e outros organismos com acompanhamento do Iphan"
Em sua fala, Sóstenes ainda reforça o posicionamento do Superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Hermano Queiroz: “A manutenção pré-diálogo precisa ser feita constantemente e acompanhada pelos proprietários, pelos particulares, seja dos hotéis, dos restaurantes e também das igrejas. Visualmente não era identificado nenhum tipo de episódio de risco, mas aconteceu’, sucinta.
Sobre o acidente, o gestor da Codesal explica o procedimento para a confirmação dos danos e novos riscos. “A gente [Defesa Civil] chegou bem cedo aqui no local, já no momento do episódio, com a ruptura aí do forro, um forro de madeira pesado, então certamente parte dele perdeu a sua capacidade de sustentar e ruiu por inteiro, foi o que aconteceu”, detalha. “Preliminarmente, a gente não pode afirmar outra coisa que não há algo dessa ordem, obviamente que somente a perícia vai poder confirmar o que aconteceu de fato”, diz.
“Então, as nossas organizações que fizeram o isolamento da área, nós fizemos aqui o acompanhamento de todo o processo”, ressalta. Ele comenta ainda sobre o modus operandi de regate dos feridos e do corpo da vítima: “Há pouco, a gente acompanhou a retirada do corpo com as equipes do DPT [Departamento de Polícia Técnica], então agora o DPT está iniciando a perícia. As nossas equipes estão acompanhando, dando e. A delegada há pouco informou de que também haverá perícia por parte da Polícia Federal para se tratar de uma igreja tombada. Então esse e nós vamos dar para garantir que todas as operações sejam feitas e realizadas da melhor forma possível”, completa. (Atualizada às 18h42)