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Cuidar é trabalho e precisa ser tratado como tal

Por Marta Castro Luzbel

Cuidar é trabalho e precisa ser tratado como tal
Foto: Acervo pessoal

Feliz dia para quem se desdobra em mil, equilibrando planilhas, receitas médicas e as no fogo. Para quem cuida do outro e quase não tem tempo de cuidar de si.

 

Feliz dia para os CUIDADORES PARENTAIS.
Essa categoria não tem CLT, nem MEI, nem CNPJ. Mas tem carga horária estendida, dedicação sem férias e um propósito que, muitas vezes, é tão silencioso quanto essencial.

 

Somos mais do que estatística. Mas os números ajudam a contar o que muitos ainda fingem não ver.

 

Segundo o IBGE, o número de brasileiros que cuidam de pessoas com mais de 60 anos — sem remuneração — saltou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019. E adivinhe quem carrega essa missão nos ombros? Mulheres. Em sua maioria. Invisíveis aos olhos do Estado, dos empregadores, da sociedade.

 

Enquanto isso, o Brasil envelhece. E, com ele, cresce também o mercado de cuidadores remunerados — um aumento de 15% entre 2019 e 2023, segundo a PNAD. Já são cerca de 840 mil profissionais atuando oficialmente no cuidado, número que ainda engatinha diante da montanha de demandas não reconhecidas.

 

É preciso dizer com todas as letras: CUIDAR É TRABALHO.
E deveria ser tratado com a dignidade, o apoio e a estrutura que qualquer outro trabalho exige. Porque exige tudo: tempo, saúde, dinheiro, coragem.

 

Na Comunidade Bengalas, somos filhos e filhas que viraram cuidadores. Sem treinamento, sem preparação, mas com muito afeto. E que agora se organizam para transformar essa experiência em movimento, rede, política pública e reconhecimento.

 

Se o futuro é longevo, o presente precisa ser cuidador. Com visibilidade, acolhimento e soluções reais para quem carrega o cuidado como missão de vida.

 

--- Bengalas: apoio para quem cuida, leveza para quem vive.

 

*Marta Castro Luzbel é psicóloga e fundadora da Comunidade Bengalas (@comunidade_bengalas)