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Saiba como identificar e proteger seu bebê das doenças respiratórias

Por Leila Borges

Saiba como identificar e proteger seu bebê das doenças respiratórias
Foto: Divulgação

Com a chegada do outono, especialistas alertam para o aumento significativo de casos de doenças respiratórias em bebês e crianças pequenas. O período, marcado pela transição para temperaturas mais baixas e maior amplitude térmica diária, cria o cenário perfeito para a proliferação de vírus respiratórios, especialmente o temido Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza e Rinovírus. O clima mais seco compromete as defesas naturais das vias aéreas, como o muco e os cílios que normalmente barram patógenos. Além disso, as pessoas tendem a permanecer mais em ambientes fechados, o que favorece a transmissão viral.

 

Para os bebês, esse período representa um risco ainda maior. Com sistema imunológico imaturo e vias aéreas naturalmente mais estreitas, os lactentes são particularmente vulneráveis a quadros graves de infecções respiratórias. Mas como diferenciar uma simples gripe de uma bronquiolite potencialmente mais séria? A gripe, causada pelo vírus Influenza, geralmente se manifesta com febre alta, tosse, dores no corpo, dor de garganta, dor de cabeça e mal-estar generalizado. Já a bronquiolite é um quadro inflamatório das vias aéreas inferiores, geralmente causada por vírus, sendo o VSR o mais comum. Os sintomas incluem tosse, chiado no peito, dificuldade para respirar, recusa alimentar e/ou irritabilidade. Em casos mais graves, pode haver queda de saturação de oxigênio, sonolência excessiva e até pausas respiratórias.

 

O VSR tem ganhado destaque nas discussões médicas por ser a principal causa de bronquiolite em lactentes, com potencial para evoluir com gravidade. Bebês prematuros, com menos de seis meses, ou aqueles com cardiopatias, doenças neuromusculares ou pulmonares crônicas têm maior risco de internação e até óbito. Estudos recentes também associam o VSR a um maior risco de sibilância persistente e asma no futuro. Diferentemente dos adultos, os bebês podem não apresentar os sintomas típicos da gripe. Em vez disso, manifestam irritabilidade, recusa alimentar e prostração. O sistema imune imaturo agrava o quadro, tornando-os mais suscetíveis a complicações como pneumonia, otite, desidratação e até Síndrome Respiratória Aguda Grave.

 

Para proteger os pequenos dessas ameaças respiratórias é recomendado uma série de medidas preventivas. O aleitamento materno continua sendo uma das principais defesas, fornecendo anticorpos maternos que ajudam a proteger o bebê. Manter o cartão vacinal atualizado, incluindo a vacina contra Influenza, é fundamental.

 

Uma novidade importante no combate ao VSR é a recente aprovação pela Anvisa de uma vacina materna. Comercializada como Abrysvo (Pfizer), ela é indicada para gestantes entre 32 e 36 semanas de gestação. Esta imunização protege o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta, reduzindo significativamente os casos graves de VSR nos primeiros seis meses de vida. Outras medidas preventivas incluem evitar aglomerações e locais fechados, lavar frequentemente as mãos, manter ambientes bem ventilados e evitar o contato com pessoas gripadas. O uso de máscara por cuidadores que apresentem sintomas respiratórios também é recomendado para reduzir a transmissão.

 

Quanto aos medicamentos, é importante ressaltar que nem todos são seguros para bebês. Antitérmicos como paracetamol e dipirona, quando prescritos por médicos, podem aliviar a febre. A solução salina nasal ajuda a desobstruir as vias aéreas. No entanto, antibióticos só devem ser utilizados em caso de infecção bacteriana confirmada, e medicamentos como antitussígenos, descongestionantes orais e corticoides sem indicação devem ser evitados. A nebulização, frequentemente utilizada por pais ansiosos por aliviar os sintomas, nem sempre é benéfica. Em casos de bronquiolite viral pura, o uso indiscriminado de broncodilatadores ou corticoides não traz benefícios comprovados e pode até piorar o quadro.

 

Os pais devem ficar atentos aos sinais de alerta que indicam necessidade de atendimento médico imediato: respiração rápida ou com dificuldade, batimento de asas do nariz, coloração azulada nos lábios ou extremidades, febre alta persistente por mais de 72 horas, prostração excessiva, recusa alimentar, pausas respiratórias ou sinais de desidratação. Com informação e prevenção adequadas, é possível atravessar o outono protegendo os bebês dessas doenças respiratórias que, embora comuns, podem representar riscos significativos para os pequenos. A orientação médica continua sendo indispensável ao primeiro sinal de que algo não vai bem com a saúde respiratória do bebê.

 

*Leila Borges é especialista em alergologia do Instituto Bahiano de Imunoterapia (IBIS)

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias