Hospital Estadual Mont Serrat é inaugurado como 1° unidade pública de cuidados paliativos do Brasil
Por Redação
O Hospital Estadual Mont Serrat foi inaugurado pelo Governo da Bahia, nesta sexta-feira (31), como o primeiro hospital público do Brasil dedicado exclusivamente aos cuidados paliativos. A unidade foi implantava em um prédio histórico de 1853, em Salvador, e conta com 70 leitos, ambulatórios especializados, serviços de bio imagem, laboratório e áreas voltadas à telemedicina e pesquisa.
Com investimento de R$ 66 milhões, o espaço foi requalificado e a adequado ao atendimento humanizado, visando corroborar com a Política Nacional de Cuidados Paliativos, lançada em maio de 2024 pelo Ministério da Saúde. Conforme divulgado previamente pelo Bahia Notícias, o espaço será gerido pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), organização reconhecida por sua expertise em cuidados paliativos e gestão hospitalar humanizada.
No local, estiveram presentes o governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues; a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; e a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
“Eu serei o governador que ofertou o primeiro hospital [de cuidados paliativos]. Mas eu não quero ser o único. Eu sei que essa experiência aqui servirá de boas práticas para outros estados”, sublinhou o governador Jerônimo Rodrigues, durante a solenidade de entrega.
A secretária estadual, Roberta Santana, delimitou, por sua vez, a escolha da OSID para a gestão da unidade. “Com a escolha da Osid, asseguramos não apenas a qualidade técnica, mas, também, o acolhimento que só uma instituição com a história e os valores de Santa Dulce dos Pobres pode oferecer”, afirmou a secretária da Saúde, Roberta Santana.
A unidade contará com uma equipe de 435 colaboradores, incluindo 41 médicos especializados, garantindo atendimento de excelência e acolhimento integral aos pacientes e famílias. Além dessa unidade, a Bahia oferece serviços de cuidados paliativos em 52 unidades distribuídas por todas as nove macrorregiões do estado, consolidando uma rede de atendimento robusta.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância do projeto no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) e das demandas crescentes por cuidados paliativos. “É o cuidado médico, cuidado da enfermagem, cuidado psicológico, o apoio em momentos em que isso se torna mais necessário. Então, é um hospital que cuida da vida num momento mais delicado”, pontuou.
O hospital oferecerá atendimento integral a mais de 2 mil pacientes por mês, incluindo consultas em especialidades como cardiologia, pneumologia, psiquiatria, nutrologia e neurologia, bem como unidades específicas para terapia da dor e apoio ao luto. Com uma abordagem multidisciplinar, o equipamento também atuará como centro de ensino e pesquisa, capacitando profissionais de saúde para atuar na área de cuidados paliativos.