Professores de Itabuna entregam carta a delegacia e ao MP-BA em apoio a investigações contra ex-diretor
Por Ronne Oliveira
A Comissão de Professores e Professoras do CIEBTEC entregou, nesta terça-feira (18), uma carta assinada por 39 docentes ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e delegacia da mulher de Itabuna nesta quarta-feira (19). O documento expressa apoio e colaboração às investigações de assédio sexual, racismo e LGBTfobia relatados por estudantes contra o ex-diretor da instituição, Denelísio Nobre.
O diretor Denelísio Nobre foi exonerado após denúncias de assédio reveladas pela Advogada Ursula Matos, até o momento pelo menos 15 pessoas registraram boletins de ocorrência na polícia civil de Itabuna. As informações foram confirmadas em reunião com a delegada da cidade na tarde desta quarta-feira (19).
Em entrevista ao Bahia Notícias, a delegada Maria Graça confirma o número de registros e a reunião com representantes do corpo docente.
"São 15 registros [do caso], são B.O's de professores, estudante, servidores. Denúncias podem até ser anonimais, uns na Deam e outras delegacias. A delegacia da mulher trata inicialmente de denúncias da lei Maria da Penha, crimes sexuais e contra idoso, outros foram registrados fora da Deam", explica a delegada.
A carta, que foi entregue à sede do MP-BA na cidade, nela os docentes defendem a importância de apurar com rigor as denúncias e garantir que os responsáveis sejam punidos, caso as acusações sejam confirmadas. Além disso representantes da comissão também foram entregar a carta a Delegacia de Atendimento da mulher (DEAM).
"Estamos aqui prestando nosso apoio e colaboração para o Ministério Público tome providencias par a imediata investigação do caso com toda celeridade, para todo processo investigativo ser conduzido de forma transparente e celebre, sem qualquer interferência", diz a nota
Veja momento da entrega da carta:
Professores José Roberto da Silva, Tatiana de Castro e Maria Aparecida Lôpo entregando a carta.
Após o caso ser revelado, estudantes e ex-alunos começaram a compartilhar relatos de casos em que o diretor teria tido um comportamento inadequado em momentos de reuniões e cotidiano no colégio. O Bahia Notícias procurou o diretor, que preferiu não responder.