Apenas 12% dos municípios baianos têm avaliação positiva em desenvolvimento da educação; veja cenário completo
Por Ronne Oliveira
A publicação dos dados gerais do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) no começo de maio revelou uma realidade destoante na área da educação no interior da Bahia. Somente 51 dos 417 municípios baianos possuem um desenvolvimento positivo na pasta da educação. Esse número equivale a 12,2% dos municípios do estado.
Na avaliação geral do Índice, a maioria dos municípios pontuou baixo desenvolvimento. O dado mais grave é o fato de a Bahia possuir 93 dos 500 municípios com os piores índices de desenvolvimento no país. Salvador também não obteve bons resultados, ocupando a 24° posição no ranking, com a nota de 0,6.
Os critérios de avaliação da metodologia variam com uma nota de 0 a 1, sendo 0,6 ou superior considerado positivo (avaliação de desenvolvimento moderado: 0,6 - 0,8; ou desenvolvimento alto: 0,8 - 1,0). Uma minoria considerável ficou nessa faixa: 297 municípios apresentaram baixo desenvolvimento, 51 moderado e 69 com desenvolvimento crítico.
Os municípios com pior rendimento na educação foram: Pilão Arcado (0,14), Itabela (0,22), Casa Nova (0,24) e Sítio do Mato (0,24). Já os melhores resultados foram de Santa Inês, com 0,75, e Licínio de Almeida, com 0,72. Para efeito de comparação, Salvador ficou com desenvolvimento considerado baixo, com 0,51.
Na verdade, os dados revelam que o Oeste baiano teve um desempenho melhor que o restante do interior da Bahia. Quando se trata da área da saúde, o município de Maetinga, localizado no sudoeste baiano foi o único município com alto desempenho com 0,8. Ao todo 143 municípios foram positivamente avaliados no índice, representando 34,5%, um valor bem maior que na pasta da educação.
O Bahia Notícias realizou um levantamento com um mapa com os dados do IFDM. Veja aqui os resultados:
Os dados do IFDM, fornecidos ao Bahia Notícias, revelam as diversidades nas categorias de Educação, Saúde e Emprego e Renda. Por exemplo, no âmbito da empregabilidade, a Bahia teve somente dois resultados de alto desempenho, que foram Simões Filho e Luís Eduardo Magalhães, ambos com notas acima de 0,8/1.
Apesar dos baixos resultados, a Bahia registrou uma melhora significativa no desenvolvimento ao longo da década de 2013–2023, embora ainda seja insuficiente quando comparada a outros estados brasileiros.