Partidos do ‘Centrão’ são os que mais ocuparam a presidência das Casas Legislativas desde a redemocratização
Por Redação
Neste sábado (1º), o Senado Federal e a Câmara dos Deputados conhecerão os seus novos presidentes para a legislatura de 2025–2027. Nas duas casas, os favoritos na disputa para as lideranças vêm de partidos do chamado ‘centrão’: Hugo Motta (Republicanos–PB), na câmara baixa; e Davi Alcolumbre (União–AP), na câmara alta.
Historicamente, pelo menos desde a redemocratização do país, em 1985, o padrão é este. Das 40 presidências nas duas casas, apenas em 5 mandatos as casas não foram ocupadas por partidos deste espectro. Fora isso, a presidência das duas Casas foram dominadas por partidos do centrão, em especial do MDB.
No Senado, o partido ocupou a liderança da Casa ininterruptamente entre 1987 e 1997, e, depois, entre 2001 e 2019. Neste período, estiveram na presidência da casa nomes conhecidos na política brasileira, como o ex-presidente José Sarney, Jader Barbalho e Renan Calheiros. Sarney, sozinho, ocupou o cargo por oito anos.
O União Brasil, que ‘herdou’ a história dos antigos Democratas e PFL, comandou a casa, entre 1997 e 2001, com Antônio Carlos Magalhães, e, mais recentemente, entre 2017 e 2019, com o franco favorito a voltar ao comando, Davi Alcolumbre. Desde 2019 a casa é comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na Câmara dos Deputados, a liderança ou por mais mãos. Ainda assim, o MDB foi o partido que ocupou mais vezes, e por mais tempo, a casa: em oito oportunidades. O ex-presidente Michel Temer foi o titular em três ocasiões diferentes, entre 1997 e 2001 e entre 2009 e 2010.
O segundo partido com maior número de mandatos na Casa também foi o União Brasil. No partido, quem ou mais tempo no comando foi Rodrigo Maia, com três mandatos entre 2016 e 2021. Este ano, o partido entrou na disputa, com o baiano Elmar Nascimento, mas retirou-se para apoiar Motta.