Rosemberg diz que desistência da 1ª vice da AL-BA faz parte de consenso para evitar bate-chapa: "Bom para todo mundo"
Por Victor Hernandes / Gabriel Lopes
Líder do Governo Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) comentou seu recuo na disputa pela primeira vice-presidência da Casa Legislativa. O posto faz parte da mesa diretora da AL-BA e a eleição para os cargos ocorre na próxima segunda-feira (3).
Ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou que sua desistência ou por um "consenso" para evitar bate-chapa na eleição. Rosemberg também comentou a escolha pelo nome de Ivana Bastos, do PSD, para a 1ª vice-presidência, que já garante apoio quase unânime.
"Estamos montando uma chapa de comum acordo, base do governo e com a base da oposição. Eu acho que isso era o desejo de todos os parlamentares, buscar um consenso. Havia uma vontade do deputado Angelo Filho para atender uma demanda do senador Coronel. Eu trabalhei para construir essa unidade junto com o presidente Adolfo, e construímos isso, mostramos para ele que não era o melhor caminho", disse em entrevista na manhã desta sexta-feira (31).
"Com isso nós chegamos a um acordo uma vez que o governador já havia se comprometido junto com o presidente da Assembleia Legislativa, de que em caso de vacância do cargo na sua gestão, permaneceria uma indicação do PSD, então nós achamos mais prudente que já colocasse, já que o nome escolhido pelo PSD seria da deputada Ivana [Bastos], que já colocasse a priori para não ter necessidade de ter uma nova eleição, caso venha a acontecer um entrave jurídico com o mandato do deputado Adolfo", acrescentou.
O líder do governo também defendeu que a busca pela unidade ou por um esforço para evitar que o regimento da AL-BA fosse alterado, como desejava o senador Angelo Coronel (PSD). Além disso, indicou que a disputa para montagem da chapa majoritária para a eleição de 2026 estava sendo antecipada. Para ele, o "consenso" foi uma forma de chegar a um bom temos.
"Se tivesse que bater chapa eu seria a pessoa escalada para estar na chapa com Adolfo na primeira vice. Como nós chegamos a um acordo então não faz sentido ter nenhuma disputa e nenhuma alteração do regimento porque o senador Angelo Coronel, ele colocava como condição mudar o regimento da casa e ter uma nova eleição. E nós não iríamos submeter a esse tipo de posicionamento. Isso acabou que chegamos a esse bom termo, acho que bom para casa, bom para todo mundo, isso dá conforto também ao governador Jerônimo, ao senador Otto Alencar, ao senador Jaques Wagner, que estão pilotando a construção da chapa majoritária para 2026. E uma eleição na Assembleia Legislativa no meio de um pleito ou de uma construção dessa chapa seria muito ruim", comentou.
"O que estava acontecendo é que a gente estava antecipando a disputa de 2026. Então, o importante é manter o nosso grupo unido e espero que a gente chegue a um bom termo. Disse ao senador Angelo Coronel, que é meu amigo e acho que não o momento de fazer a disputa de 2026. Ele reclamou de que o PT havia se posicionado com relação a composição de uma chapa para 2026 mas é natural que os partidos possam apresentar os seus desejos. Isso obviamente não quer dizer que é uma realidade a partir de hoje", finalizou o petista.
Questionado sobre sua permanência da liderança do governo, o deputado evitou comentar o assunto. "Essa questão de líder é uma discussão do governador. Até o dia 31, que é hoje, eu estou cumprindo essa tarefa de líder do governo. A partir do dia 3 é uma outra discussão", disse.