{"@context":"https://schema.org","@graph":[{"@type":"NewsMediaOrganization","name":"Bahia Notícias","url":"/","logo":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"/#/schema/logo/image/","url":"/assets/images/marca-bn-branco.png","contentUrl":"/assets/images/marca-bn-branco.png","width":794,"height":204,"caption":"Bahia Notícias"},"sameAs":["https://www.facebook.com/bahianoticias/","https://twitter.com/BahiaNoticias/","https://www.instagram.com/bahianoticias/","https://www.youtube.com/channel/UCelevrrg2g7NdlrJMPrunhw"]},{"@type":"WebSite","name":"Bahia Notícias - Confira as últimas notícias de Salvador, da Bahia e do Brasil","description":"Acompanhe o Bahia Notícias e leia as últimas notícias de Salvador, da Bahia e do Brasil","url":"/","inLanguage":"pt-BR","author":{"@type":"NewsMediaOrganization","name":"Bahia Notícias"},"potentialAction":{"@type":"SearchAction","target":"/pesquisa?s={search_term_string}","query-input":"required name=search_term_string"}}]} 2&&void 0!==arguments[2]?arguments[2]:{})}(window,5079,{} /* Config */)}();

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Opinião: Coronel deve ficar “de butuca” esperando que soberba atinja PT baiano

Por Fernando Duarte

Opinião: Coronel deve ficar “de butuca” esperando que soberba atinja PT baiano
Foto: Andressa Anholete/ Agência Senado

Não será por falta de aviso que a chapa puro-sangue do PT para as eleições de 2026 na Bahia tende a gerar insatisfação entre aliados. Mesmo que os partidos satélites, como PCdoB, PSB e até mesmo o recém-chegado PDT, optem por críticas veladas, legendas como o PSD e o Avante não têm razões para aceitar sem ressalvas a imposição com as candidaturas Jerônimo Rodrigues ao governo e Jaques Wagner e Rui Costa para o Senado.

 

A robustez com que essas duas siglas saíram das urnas não permitem que qualquer naco de poder seja suficiente para aplacar a luta por espaços políticos. E, diferente de outros momentos da história recente, a parceria não deve existir para beneficiar apenas um dos lados. E os petistas insistem nessa tese, sob o argumento que uma chapa com três governadores seria imbatível. Ainda que, em teoria, isso seja previsível, na prática, são muitas nuances a serem avaliadas antes das urnas se fecharem.

 

Para a sorte do trio petista, o Avante não tende a ser um problema, especialmente com a promessa prévia de que Ronaldo Carletto poderia ocupar a suplência de um dos dois senadores. Em 2022, o ex-deputado federal foi convencido a ficar em posição similar, como suplente de Cacá Leão, e não causou celeuma para o grupo em que estava inserido. Carletto “ganhou” o Avante em uma articulação que envolveu Rui, por exemplo, e ingratidão não tende a ser coroada na política.

 

O mesmo não se pode falar do PSD. O próprio presidente, senador Otto Alencar, sinalizou que a última vez em que um grupo político se achou forte o suficiente na Bahia para lançar uma chapa puro-sangue, em 2006, seguiu-se a derrocada do que era conhecido como carlismo. Otto, tal qual Carletto, não trocaria de lado, mas também não aceitaria de bom tom que o aliado, Angelo Coronel, seja limado do direito à reeleição. A compensação teria que ser muito maior do que o PT da Bahia tem a oferecer – no caso da majoritária, apenas a vice, cujos círculos políticos já dão como provável a substituição de Geraldo Jr. (MDB).

 

Coronel não tem a personalidade de Lídice da Mata (PSB), que foi defenestrada da reeleição em 2018 para o Senado pela musculatura adquirida pelo então presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e pelo PSD e pela mágoa guardada por Rui por tê-la enfrentado quatro anos antes na disputa pelo Palácio de Ondina. Diferente da socialista, o senador é uma incógnita difícil de medir eleitoralmente, dado que PSD e PSB representam espaços distintos no controle de prefeituras e de lideranças no interior da Bahia.

 

Então, o atual senador do PSD deve ficar “de butuca”, observando o andamento do paraíso edílico previsto pelos caciques petistas. Somado, claro, à evolução da decisão nacional do partido, que pode ter uma candidatura própria com Ratinho Jr. ou apoiar um nome de direita como Tarcísio de Freitas. São fatores que ampliam as chances de Coronel sair com uma candidatura desassociada de um nome ao governo.

 

Ainda que o socialdemocrata não tenha a mesma popularidade de Wagner e visibilidade de Rui (simpatia não chega a ser um forte dele), ele possui prefeituras e um relacionamento profícuo com a causa municipalista, que transferem mais votos do que gestos pré-eleitorais, estratégia que rendeu o crescimento exponencial de Jerônimo no último pleito.

 

Coronel torce por muitas coisas. Uma delas é para que o PT baiano seja tragado pela própria soberba.