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JusPod: Chefe da Deam e Promotora explicam a importância da Casa da Mulher Brasileira

Por Aline Gama

JusPod: Chefe da Deam e Promotora explicam a importância da Casa da Mulher Brasileira
Foto: Reprodução / YouTube / Juspod

O município de Salvador ganhou a primeira Casa da Mulher Brasileira da Bahia em 2023. O espaço tem como foco o combate à violência contra as mulheres, com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingo e feriados. A Casa concentra, em um mesmo local, diversos serviços especializados de atenção às mulheres vítimas de violência e conta com dez pontos de atendimento. 

 

Durante a participação na quinta-feira (20) do JusPod - podcast jurídico do Bahia Notícias -, a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Bianca Andrade e a Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Enfrentamento de Violências de Gênero e Defesa das Mulheres, Sara Gama, explicaram como funciona a instituição e a importância do local para a defesa dos direitos das mulheres.

 

 

 

De acordo com a delegada Bianca Andrade, um dos grandes diferenciais da Casa da Mulher Brasileira é o acolhimento inicial. A abordagem acolhedora e empática é essencial para garantir que a mulher tenha forças para seguir com a denúncia e buscar a proteção necessária. Além disso, a delegada frisa que o acolhimento se estende aos filhos. 

 

“Elas ficam aqui, eles conseguem afastar ela da família [fazendo referência à Casa da Mulher Brasileira e aos funcionários], do convívio social, acolhendo não somente a mulher, mas os filhos. Além disso, mulheres que não possuem condições financeiras são encaminhadas para um emprego, pois não adianta nada, ela tentar sair da violência e não ter como arcar ou não ter nenhum respaldo financeiro”, explicou a delegada.

 

A Promotora de Justiça, Sara Gama, falou sobre os estudos da “rota crítica” da violência que, segundo ela, mostram que muitas mulheres enfrentam barreiras antes de denunciar um agressor, seja por pressão familiar ou por orientações religiosas equivocadas que incentivam a submissão. Para a promotora, caso a mulher encontre um atendimento frio ou negligente, há a possibilidade da desistência e assim, podem continuar presas ao ciclo de violência. 

 

“Quando uma mulher chega até nós, rompe com muitas camadas. De preconceitos, de orientações erradas, às vezes a própria família diz: ‘ruim com ele, pior sem ele’. Ela às vezes vai procurar uma orientação religiosa, com pastor, padre, e as religiões são postas de uma forma deturpada, colocando que a mulher tem que se submeter a determinados comportamentos. Quando essa mulher chega até a gente, ela precisa ser acolhida. Ela precisa que a gente tenha, no mínimo, uma empatia por ela. Por quê? Porque ela já teve a coragem de romper o ciclo”, frisou a promotora.

 

De acordo com as entrevistadas, apesar dos avanços, ainda há desafios. A estrutura da rede de proteção enfrenta dificuldades de materiais e uma demanda que muitas vezes supera a capacidade dos serviços disponíveis.

 

Mesmo assim, a Casa da Mulher Brasileira representa um avanço significativo no combate à violência doméstica na Bahia. Com um atendimento humanizado e a integração de serviços essenciais, a unidade se torna um ponto de apoio fundamental para mulheres que buscam recomeçar suas vidas longe da violência.

 

O JusPod é apresentado pelos advogados Karina Calixto e Matheus Biset, e vai ao ar no Youtube do Bahia Notícias, quinzenalmente, às 19h das quintas-feiras.